Áreas Temáticas

Comportamento Político

Resumo: Reúne pesquisadores interessados nos processos de formação e mudança nos sistemas de crenças e atitudes políticas dos públicos nas democracias contemporâneas, bem como sobre os padrões de comportamento político (eleitoral e não-eleitoral). Neste sentido, constitui-se como espaço para discussão de pesquisas relacionadas à cultura política, atitudes e preferências políticas, voto, participação política e psicologia política. Apesar de ser um campo de investigação tradicionalmente orientado para estudos empíricos de natureza quantitativa, predominantemente com base em dados de survey e de experimentos, a área do “comportamento político” não se limita a esse aporte metodológico e incentiva o uso de metodologias qualitativas e mistas.

 Coordenadores

Comunicação Política e Opinião Pública

Resumo: De modo geral, focaliza as questões teóricas e empíricas decorrentes da relação política fundamental entre mídia e democracia. Acolhe estudos nas várias interfaces entre comunicação e política, abrangendo, entre outros temas: Comunicação estratégica e campanha eleitoral; Comunicação institucional e imagem pública; Opinião pública e comportamento político; Jornalismo político; Tecnologias da comunicação e política.

 Coordenadores

  • Gleidylucy Oliveira da Silva – UFSCar
  • Rafael Sampaio – UFPR

Eleições e Representação Política

Resumo: A Área Temática de Eleições e Representação Política busca promover o debate de conceitos-chave e de evidências empíricas referentes à representação política nas democracias contemporâneas, abordando os seguintes temas: partidos nas arenas eleitoral e legislativa, na composição de governos e enquanto organização; sistemas eleitoral, partidário e de governo e seus impactos na dinâmica político-partidária; competição, estratégias eleitorais e comportamento político, envolvendo ainda as recentes mudanças nos valores e comportamentos dos eleitores. Quanto à abrangência do objeto de estudo serão acolhidas análises sobre realidades locais, estaduais, nacionais e de outros países. A diversidade metodológica também é esperada.

 Coordenadores

  • Maria do Socorro Braga – UFSCar
  • Cíntia Pinheiro Ribeiro de Souza – UFSC

Ensino e Pesquisa em Ciência Política e Relações Internacionais

Resumo: A AT tem como objetivo fomentar e estimular as discussões sobre a docência, a pesquisa e seus diferentes métodos e como estes são empregados na ciência política, políticas públicas e relações internacionais para aprimorar a formação de professores e pesquisadores. Para isso, busca oferecer um fórum interativo em que acadêmicos compartilhem pesquisas inovadoras sobre sua vivência nas diversas arenas da atividade docente, tais como: estágio docência, iniciação à pesquisa, projetos de extensão, bem como ferramentas no ensino ativo em Ciência Política, Políticas Públicas e Relações Internacionais. Na esfera da pesquisa, a AT oferece um espaço para discutir avanços metodológicos de técnicas qualitativas e quantitativas, replicações de artigos, notas de pesquisa e desenvolvimento de novas bases de dados.

 Coordenadores

  • Gabriela da Silva Tarouco – UFPE
  • Fernando Guarnieri – UERJ

Estado e Políticas Públicas

Resumo: A AT Estado e Políticas Públicas, ao centrar o seu foco no “Estado em ação”, pretende fomentar o diálogo entre pesquisadores, lastreada em teorias as mais diversas e empregando uma variada gama de recursos metodológicos, que se dedicam ao estudo das políticas públicas setoriais e transversais, de seu processo de produção e de seu impacto na sociedade, bem como dos distintos atores envolvidos. São recebidas propostas relativas tanto às políticas nacionais quanto àquelas dos governos subnacionais e que enfocam articulações intergovernamentais, no plano da Federação brasileira, ou transnacionais. Estudos comparativos são particularmente bem-vindos.

 Coordenadores

  • Luciana Leite Lima – UFRGS
  • Carlos Aurélio Pimenta de Faria – PUC-MINAS

Gênero, Democracia e Políticas Públicas

Resumo: Esta Área Temática abrange diálogo com as teorias política, social e de gênero na perspectiva da abordagem crítica feminista. Pretende estimular o debate e a produção científica, desde as epistemologias feministas, sobre as várias questões presentemente incluídas nas discussões que evidenciam as hierarquias nas relações de gênero,  sexualidade, raça e classe social, cujo marco se acha na tardia cidadania feminina nas sociedades democráticas, na desigualdade de gênero nos processos de participação da política formal e de representação política e na recente consideração de que os direitos humanos incluem os direitos das mulheres, em suas dimensões política, social, cultural, econômica e de cidadania. A AT acolhe estudos que sejam de caráter empírico e/ou teórico, com análise de fenômenos políticos dentro e fora do Estado, buscando compreender os mecanismos de manutenção e produção das hierarquias de gênero.

 Coordenadores

  • Daniela Rezende – UFOP
  • Rayza Sarmento – UFPA

Instituições Políticas

Resumo: A área se define pela investigação da dinâmica e das consequências das instituições formais basilares dos regimes democráticos, nomeadamente, o sistema eleitoral, o sistema de governo, o processo legislativo, a forma do Estado e o Judiciário. A área sempre enfatizou as instituições nacionais, porém, mais recentemente, passou a se preocupar seriamente com as instituições no plano subnacional, mormente com as instituições dos estados brasileiros. As grandes questões que animam seus membros dizem respeito a como as instituições (1) moldam o comportamento dos atores políticos (presidentes, partidos, eleitores, legisladores, ministros, burocratas e grupos de interesse), (2) afetam o desempenho dos governos, e (3) contribuem ou não para a estabilidade e efetividade da democracia. Do ponto de vista metodológico, a área tem adquirido uma orientação crescentemente quantitativa, com o uso frequente de técnicas estatísticas visando à identificação do padrão de relacionamento entre variáveis. Porém, cumpre ressaltar que o estudo das instituições políticas é essencialmente plural no tocante à metodologia, o que significa que trabalhos de cunho histórico e qualitativo são tão relevantes quanto os de natureza quantitativa.

 Coordenadores

  • Ana Regina Villar Peres Amaral – Cefor
  • Cláudio Gonçalves Couto – FGV

Participação Política

Resumo: A atual conjuntura nacional e internacional tem impactado a relação entre participação e democracia, desafiando os pressupostos que conformam nossa área de investigação. Diante desse cenário, estimulamos a apresentação de trabalhos em torno dos seguintes eixos: a) balanços e perspectivas de reconstrução da participação institucional; b) novas formas de representação, como os mandatos coletivos, e interação de ativistas e movimentos sociais com partidos, eleições e o legislativo; c) movimentos sociais, Estado e políticas públicas; d) protestos e resistências em seus diversos formatos e acepções; e) plataformas digitais e ativismos; f) novos atores e dinâmicas de participação sob os efeitos de processos de desdemocratização.

 Coordenadores

  • Lizandra Serafim – UFPB
  • Ricardo Fabrino Mendonça – UFMG

Pensamento Político Brasileiro

Resumo: A área de pensamento político brasileiro deve ser entendida como a história intelectual da ciência política brasileira no sentido largo, abrangendo sua produção científica, mas também ideológica, discursiva e doutrinária. Pertenceriam a essa área temática estudos relativos tanto ao pensamento produzido no curso da história brasileira por políticos, jornalistas e intelectuais, mas também aquela parte da teoria produzida pelas gerações mais antigas de cientistas políticos, julgadas de relevância para o desenvolvimento desta ciência (pensamento politológico brasileiro). Dada a sua vocação interdisciplinar, a área também dialoga com a teoria política, de que pode ser considerada a expressão nacional, e com as manifestações mais amplas do chamado pensamento social no Brasil.

 Coordenadores

  • Gabriela Nunes Ferreira – Unifesp
  • Wendel Cintra – UFBA

Política Comparada

Resumo: Esta área temática representa um campo de estudos que se caracteriza pela natureza comparativa das suas abordagens e pela diversidade de métodos, qualitativos e quantitativos, para o tratamento de diferentes temas. Desde a proposição dos métodos da semelhança e da diferença por John Stuart Mill, a política comparada tem sido aprimorada para se aprofundar em poucos casos ou explorar as relações entre variáveis em um grande número de casos. Mais recentemente, tem se afirmado a tendência de utilização de métodos mistos em um mesmo estudo. Além da diversidade metodológica, a política comparada abrange uma gama ampla de temas, tendo em comum a preocupação em comparar os casos de estudo.

 Coordenadores

  • Olívia Perez – UFPI
  • André Coelho – Unirio

Política e Economia

Resumo: A centralidade da relação política/economia afirma-se na fronteira entre complexos processos de decisão, nas ações distintas e assimétricas dos atores, no universo dos interesses e nas disputas entre as ideologias político-econômicas permeadas por conflitos e pela busca incessante de hegemonia. Tais processos expressam ideias provindas da teoria e da práxis política e suas relações com a teoria econômica, que reverberam como políticas públicas, produzindo, dessa forma, impactos econômicos e sociais. Um sem-número de políticas expressam a relação entre política e economia: macroeconômicas, sociais, trabalhistas, administrativas/organizacionais, tecnológicas, industriais, ambientais, entre inúmeras outras. Dado desse contexto, a AT Política e Economia objetiva refletir acerca das produções/discussões teóricas e empíricas sobre os processos relativos aos ciclos e crises da política econômica nacional e os efeitos sobre a distribuição da riqueza e da renda social no período de 1964-2021, com ênfase na redemocratização, sem perder de vista as relações com as variáveis internacionais. Nessa perspectiva, serão destacadas particularmente análises das políticas neoliberais por meio das recomendações estruturantes de agências internacionais e do pensamento hegemônico neoliberal espraiado por seu seus distintos aparatos teóricos e ideológicos, quanto: aos modelos de desenvolvimento; às “reformas orientadas para o mercado”; aos “ajustes fiscais”; à agenda de privatizações; à abertura, por vezes indiscriminada, dos mercados nacionais; à desregulação/desregulamentação de setores econômicos e das políticas públicas; à desestruturação dos direitos sociais e trabalhistas; às tentativas de reforma do Estado (transformando-os em “governos empresariais”), com processos de terceirizações (no caso brasileiro, via Organizações Sociais e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, entre outros regimes jurídicos de transferência da gestão e das políticas públicas a entidades privadas), e privatização de políticas, caso das Parcerias Público/Privado, que implicam o esvaziamento do setor público; à crítica ao conceito de “soberania nacional” em nome da “globalização”; à desmontagem dos mecanismos voltados à democracia participativa; entre inúmeras outras. Deve-se atentar aos contextos macroeconômico e macropolítico internacional, marcados pela intensa financeirização da economia global e por processos referentes à quarta revolução industrial – ambos com efeitos assimétricos nas economias nacionais e que implicam aprofundamento das desigualdades sociais e da dualidade centro/periferia – e à ascensão das direitas e extremas-direitas nos mais distintos quadrantes, especialmente no Brasil. Igualmente, deve-se destacar as repercussões desses processos no contexto da pandemia da Covid-19. Considerando esse conjunto de questões, espera-se que os trabalhos submetidos reflitam sobre os processos de mudanças políticas e econômicas nacional e global informados pela doutrina/ideologia neoliberal, com vistas a compreender as características, aplicações e impactos de suas proposições, assim como os conflitos, resistências e contraprojetos dos que a que a elas se opõem, com ênfase no Brasil.

 Coordenadores

  • Arnaldo Provasi Lanzara – UFF
  • Luciléia Aparecida Colombo – UFAL

Política Externa

Resumo: A Área Temática de Política Externa acolhe trabalhos sobre diferentes aspectos (condicionantes, objetivos, processos decisórios e ações efetivamente realizadas) da política externa de governos específicos (nacionais, subnacionais e também de arranjos supranacionais) em diferentes dimensões (política; econômico-comercial; ambiental; cultural; social). A utilização do instrumental teórico-conceitual da subárea de Análise de Política Externa é bem-vinda, mas não indispensável. São temas potenciais desta AT: política externa brasileira; política externa em perspectiva comparada; política externa das grandes potências e das potências médias; política externa e multilateralismo; política externa  e integração regional; política externa e globalização; política externa e desenvolvimento; a política externa e sua relação com as demais políticas públicas e com a dinâmica política doméstica – suas coalizões, regime de governo e atores

 Coordenadores

  • Leticia Pinheiro – UERJ
  • Alexandre Cesar Cunha Leite – UEPB

Política Internacional

Resumo: A AT Política Internacional pretende acolher estudos em três vertentes principais: (i) Organizações internacionais e Integração Regional – analisar, do ponto de vista histórico, teórico, empírico e/ou metodológico, as distintas organizações multilaterais e os diversos processos de integração regional, assim como neles se configuram os mecanismos negociadores e a formação de coalizões. Espera-se fomentar uma ampla discussão sobre as principais reformas das organizações internacionais e regionais, com foco, sobretudo, na questão do déficit democrático, da legitimidade e da compreensão do relacionamento entre atores governamentais e sociais como parte de uma nova governança global institucionalizada (ONU, OMC, FMI, etc.) e informal (G-7/8, G-20, novas coalizões, etc.); (ii) Conflitos e segurança internacionais – considerando que a natureza dos conflitos e, por conseguinte o conceito de segurança, transformaram-se bastante nas últimas décadas, a análise das desordens internacionais demandam múltiplas abordagens teóricas que não apenas as da ótica realista. Temas como terrorismo, imigração, conflitos étnicos, segurança cibernética, guerrilha, processos de peace-building e/ou narcotráfico se postam junto a temas mais tradicionais tais quais: Guerra, Defesa e Forças Armadas;(iii) Atores transnacionais e temas globais – analisar o papel das distintas formas de redes transnacionais (ativismo político e movimentos sociais, direitos humanos, ambientalistas, narcotráfico, finanças) na construção de normas e regimes internacionais e abordagens teóricas para compreender como buscam influenciar e atuar no sistema internacional.

 Coordenadores

  • Karina Lilia Pasquariello Mariano – UNESP
  • Flávio Contrera – UFGD

Política, Direito e Judiciário

Resumo: A área temática busca contribuir para o avanço da agenda de pesquisas sobre teorias e modelos de análise empírica de ciência política sobre as relações entre as esferas judicial e política. Ela reúne trabalhos que discutem o potencial explicativo de teorias e variáveis institucionais, políticas, econômicas, sociais e históricas sobre fenômenos envolvendo a política e o direito. Entre estes, destacam-se a formação e as mudanças das democracias constitucionais, o papel das instituições judiciais em regimes democráticos e autoritários, o recrutamento e a formação das elites judiciais, os padrões de decisão de tribunais e de atuação dos juristas, e os seus efeitos sobre a política e as políticas públicas. A área acolhe trabalhos sobre diferentes órgãos do Poder Judiciário em todos seus níveis e segmentos, instituições do sistema de justiça (Ministério Público, Defensoria Pública, advocacia pública, polícia judiciária etc.) e órgãos de controle (tribunais de contas, controladorias, Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público etc.) com atuação em diferentes temas: controle de constitucionalidade, efetivação de direitos, administração da justiça, combate à corrupção etc. Embora enfatize temas brasileiros, a área está aberta a trabalhos comparativos e é metodologicamente plural, aceitando pesquisas baseadas em todos tipos de abordagens (quantitativas, qualitativas, formais, espaciais e mistas).

 Coordenadores

  • Lígia Mori Madeira – UFRGS
  • Marjorie Corrêa Marona – UFMG

Raça, Etnicidade e Política

Resumo: O objetivo desta área temática é abrigar e induzir reflexões em torno da dimensão política das desigualdades e discriminações raciais e étnicas. Embora tenha sido central na fundação da Sociologia e da Antropologia, a temática não se constituiu em uma agenda de pesquisa da Ciência Política brasileira, ocupando um lugar marginal em seu interior. Contudo, o fortalecimento dos movimentos étnicos durante a redemocratização do país, o reconhecimento da autonomia de certas comunidades tradicionais sobre seus territórios de origem, o advento de políticas de ação afirmativa no início do segundo milênio e a crescente politização do debate público em torno das desigualdades raciais trouxeram o tema da raça e da etnia para o centro do debate acadêmico brasileiro. Diante disso, além de incorporar as investigações sobre as questões étnicas e raciais já existentes na Ciência Política, esta área temática visa induzir pesquisas sobre elas que, apesar de ainda incipientes, vêm crescendo em volume e em relevância política no Brasil e no mundo. Dentre os subtemas de interesse da área temática, incluem-se as pesquisas sobre raça e etnia em sua interface com movimentos sociais, debate público, construção da cidadania, políticas públicas, representação política, mídia, relações internacionais etc.

 Coordenadores

  • Viviane Gonçalves Freitas – UFMG
  • Cloves Oliveira – UFBA

Segurança Pública e Democracia

Resumo: A Área Temática Segurança Pública e Democracia busca reunir pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento que estudam as instituições e as políticas públicas de segurança e justiça criminal em contextos democráticos. Historicamente, a AT recebeu trabalhos mais voltados para as políticas públicas em âmbito nacional, mas análises que problematizem como a importação de modelos teóricos ou modelos de intervenção (como o CompStat, policiamento orientado para a solução de problemas ou hotspots, dentre outros) têm reverberado no território nacional e quais são os efeitos que esse mimetismo apresenta para a redução da criminalidade são especialmente bem vindos. Esperamos ainda reunir estudos sobre o funcionamento de polícias (federais, militares, civis, penais e guardas municipais), Ministério Público, Defensoria Pública, Judiciário e sistema prisional, destacando as mudanças incrementais pelas quais essas instituições passaram desde a redemocratização, bem como os efeitos que o Bolsonarismo parece ter tido em seus modus operandi. Além dessas análises, trabalhos que procurem compreender as respostas estatais à insegurança pública e à criminalidade violenta por meio de leis criminais, planos de segurança pública e “forças tarefas” dentro e fora das agências estatais são muito bem vindos neste grupo de trabalho. Apesar de boa parte dos artigos apresentados na AT ser de natureza qualitativa, com destaque para a pesquisa sócio-histórica, esperamos receber também estudos com uma orientação mais quantitativa. Em especial, estamos em busca de trabalhos que se destinem a mensurar as mudanças vivenciadas pelas instituições de segurança pública e justiça criminal, que explorem as correlações e causalidades entre ações adotadas pelos governos (nacionais e subnacionais) e seus impactos nas taxas de criminalidade.

 Coordenadores

  • Patrícia Burlamaqui – UENF
  • Tânia Pinc – USP

Sociologia Política

Resumo: A Sociologia Política é um campo de pesquisa que reconhece tanto a especificidade das instituições e do comportamento políticos como a sua inevitável interação com outras dimensões da vida social. Nesse sentido, a área temática aceita trabalhos produzidos segundo o espírito analítico geral desse “híbrido interdisciplinar”, para usar a expressão de Giovani Sartori. Os trabalhos submetidos devem, portanto, pautar-se pela mobilização conjunta de variáveis sociais (econômicas, culturais, sociais etc.) e variáveis políticas com vistas a aprofundar o entendimento de fenômenos e processos políticos. A área temática “Sociologia Política” pauta-se também pelo pluralismo metodológico, aceitando trabalhos que façam uso tanto de técnicas de análise quantitativas como das diversas técnicas qualitativas existentes no âmbito das ciências sociais.

 Coordenadores

  • Jaqueline Porto Zulini – FGV
  • Renato Perissinotto – UFPR

Teoria Política

Resumo: A área temática de teoria política constitui um campo da ciência política que reflete sobre distintos aspectos dos fenômenos políticos, recobrindo abordagens que vão desde a fundamentação e justificação normativas até análises empírico-descritivas das múltiplas institucionalidades políticas, passando pela história do pensamento político bem como das ideias políticas ou ainda pela abordagem das ideologias políticas. Constitui por isso um campo disciplinar que apresenta pontos de contato com inúmeras disciplinas, o que o torna, por definição, um ramo do saber plural e multifacetado. Não obstante, seu repertório analítico e conceitual cumpre importante papel no sentido de informar as ciências sociais, em geral, e a ciência política e seus ramos, em particular, oferecendo-lhes posições rigorosamente fundamentadas e/ou instrumentos analíticos que lhes permitem lidar com temas centrais a muitos dos fenômenos políticos, desde noções clássicas como as de poder, Estado, legitimidade, justiça, cidadania, direitos e democracia até problemas contemporâneos como as questões de gênero e raça, globalização, cosmopolitismo, entre tantos outros assuntos de relevo.

 Coordenadores

  • Alvaro Bianchi – Unicamp
  • Luciana Ballestrin – UFPel

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